Nos últimos anos, duas metodologias ganharam destaque no mercado de marketing digital. De um lado, o discurso do IA-first, que promete colocar a inteligência artificial no centro das estratégias. Do outro, o conceito de Criatividade Inteligente, que defendi no livro Marketing 6.5 e aplico diariamente na Agência Level, propondo uma integração madura entre máquinas e pessoas.
Ambas as abordagens oferecem ganhos, mas quando falamos especificamente das agências de marketing, a diferença entre elas se torna evidente. E é justamente essa diferença que define qual metodologia realmente gera valor para clientes que buscam conexão verdadeira com seu público.
O que é IA-first?
O IA-first surgiu como um mantra de inovação. Ele propõe que toda estratégia comece pela inteligência artificial. Em agências de marketing, isso se traduz em processos baseados quase inteiramente na automação:
- Uso de machine learning para segmentação granular de públicos.
- Geração automática de conteúdo por modelos de linguagem.
- Mídia programática otimizada por algoritmos.
- Análises preditivas para identificar padrões de consumo.
Essas capacidades tornam o IA-first eficiente em velocidade e escala. Porém, há um efeito colateral: a homogeneização. Quando a máquina é protagonista, as entregas tendem a ser padronizadas, pouco diferenciadas e, frequentemente, incapazes de criar vínculos emocionais. No limite, o cliente pode questionar o papel da agência, já que a tecnologia parece capaz de “resolver sozinha”.
O que é Criatividade Inteligente?
A Criatividade Inteligente, que postulei no Marketing 6.5, nasce de outra lógica. Aqui, a criatividade humana é o ponto de partida. Arquétipos, narrativas e sensibilidade cultural guiam o processo inicial. A inteligência artificial entra como aceleradora, responsável por dar escala, organizar processos e otimizar resultados.
Na Agência Level, aplicamos esse conceito em quatro etapas:
- Cocriação humana: brainstorming com os times do cliente para definir narrativas e metodologias.
- Impulso da IA: agentes inteligentes estruturam calendários, aceleram a produção e criam consistência.
- Refinamento humano: equipe de marketing ajusta tom, estética e relevância cultural.
- Análise inteligente: agentes de IA monitoram BI em tempo real, sinalizando anomalias e sugerindo ajustes automáticos.
Esse ciclo cria uma sinergia onde cada parte faz o que sabe melhor: humanos cuidam da originalidade e da emoção, enquanto a IA garante precisão, velocidade e escalabilidade.
IA-first vs Criatividade Inteligente: o comparativo
| Aspecto | IA-first | Criatividade Inteligente |
|---|---|---|
| Velocidade | Alta, com automação total | Alta, mas com curadoria criativa |
| Escala | Grande, porém com risco de homogeneização | Grande, preservando identidade |
| Relevância criativa | Gera volume, mas pouco diferencial | Gera identidade e narrativas únicas |
| Valor percebido pelo cliente | Pode reduzir o papel da agência | Reforça a importância da inteligência humana |
| Conexão emocional | Frágil, foco no algoritmo | Forte, foco em vínculos autênticos |
A superioridade da Criatividade Inteligente
Essa comparação deixa claro: IA-first é eficiente, mas não cria vínculo. A Criatividade Inteligente é eficiente e, sobretudo, relevante. Ela garante diferenciação criativa e a capacidade de gerar conexões reais entre marcas e pessoas.
Os dados reforçam essa visão. No Braze Forge 2025, em Las Vegas, foi demonstrado que campanhas que unem criatividade humana e inteligência artificial alcançam até 2,6 vezes mais engajamento e conversões do que campanhas puramente automatizadas. Ou seja, não se trata apenas de conceito, mas de prática validada.
“Num cenário em que o marketing precisa ir além da visibilidade e gerar conexões autênticas, a metodologia de Criatividade Inteligente aplicada pela Agência Level representa o que há de mais avançado e transformador no mercado.”
— André Aguiar
Aplicação prática na Agência Level
Na Level, cada cliente vive essa metodologia na prática. Começamos sempre com a criatividade humana como base, passamos pela aceleração da IA, voltamos ao refinamento humano e concluímos com análises inteligentes em tempo real. Esse ciclo faz com que campanhas evoluam continuamente, com ajustes rápidos, eficiência de dados e profundidade criativa.
O futuro das agências de marketing
As agências que permanecerem presas ao IA-first correm o risco de se tornarem genéricas, substituíveis por softwares SaaS que entregam automação pura. Já aquelas que adotarem a metodologia de Criatividade Inteligente terão um papel estratégico: unir inteligência de dados com inteligência cultural. Esse é o futuro das agências que querem continuar relevantes, criando impacto com autenticidade, velocidade com profundidade e tecnologia com humanidade.
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